sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Saiba como pode criar a sua casa de banho rústica!


O estilo rústico… Não lhe conseguimos resistir! Seja na sala, no quarto ou na casa de banho este estilo produz sempre ambiente robustos e acolhedores, que nos envolvem num abraço quente.

Baseando-se na utilização de materiais naturais, com grande predominância da madeira e da pedra, o estilo rústico busca uma aproximação às origens simples dos ambientes domésticos de antigamente, e tem por isso um apelo estético quase primitivo que o torna muito atraente.

Sonha todos os dias em ter uma casa de banho rústica, como a daquele turismo rural que adorou? Já não suporta a frieza das linhas geométricas puras da sua casa de banho moderna? Então vai amar este artigo!

Aqui vai perceber as bases necessárias para criar uma casa de banho rústica de raiz, aprender a dar um toque rústico à sua casa de banho moderna, e descobrir quanto isso lhe pode custar, entre muitas outras informações. Não perca!

Como se define o estilo rústico

O dicionário da língua portuguesa define rústico como simples, rude e grosseiro, referindo-se a algo tosco, mal acabado, pouco trabalhado e pouco polido. Por isto, porque a vida no campo geralmente não permite perder tempo ou dinheiro em lapidações e embelezamentos muito cuidados, a palavra rustico passou a associar-se ao ambiente rural, e por inerência às suas artes e saberes simples, mas muito eficazes.

Na decoração, atualmente, o conceito de rústico não foge muito à definição no dicionário, englobando um estilo simples, estreitamente ligado aos materiais naturais e a acabamentos de aparência intencionalmente menos perfeita. A estética rústica acaba por ser uma homenagem à própria natureza, que criou os materiais, e à beleza de uma vida simples, despojada e despretensiosa, mas que não perde o encanto e o conforto.

Mas então em que materiais posso basear a construção e a decoração de uma casa de banho para que esta gane o estilo rústico? A resposta vem já a seguir!

A madeira

A madeira é um material fundamental, sem o qual dificilmente se pode considerar qualquer estilo como rústico.

A utilização da madeira, a par da pedra, remonta aos primórdios da humanidade. Ela era material de construção de base para as habitações, tanto como para os utensílios de uso diário. Mesas e cadeiras, malgas e gamelas, colheres de pau e espátulas… Muito antes do plástico, a madeira estava por todo o lado em objetos de uso diário, rudemente talhados no material.

Mas os trabalhos de carpintaria e marcenaria evoluíram muito ao longo dos milénios, até aos dias de hoje, o que levou a que a madeira fosse progressivamente mais trabalhada, polida e limada, afastando-se do seu aspeto inicial, que o estilo rústico da idade moderna tenta recuperar.

Assim, a madeira para uma casa de banho rústica deve ter textura e cor natural. Deve mostrar os veios e os nós que são o coração da árvore de onde saiu. Se está a planear uma casa de banho rústica aposte em madeira para revestimento, como na da foto acima.

Nas paredes, no chão ou até mesmo no teto, a madeira de aspeto pouco polido vai proporcionar o aspeto desejado, mas se prefere ambientes mais leves aposte nos acessórios e móveis de madeira tosca para completar o conjunto. Qualquer madeira é boa, pois as mais modernas técnicas permitem dar-lhe o look pretendido, mas é fundamental que seja madeira maciça, pois os novos materiais, mesmo que imitem bem, têm sempre um acabamento demasiado refinado.

A pedra

À semelhança da madeira, a pedra está para o estilo rústico como o cimento para o moderno – é perfeita.

Nas casas rústicas este efeito é geralmente fácil de obter, pois faz parte da própria construção e basta deixar a estrutura à vista. Mas incluir pedra numa casa de banho mais nova pode não ser muito fácil, sobretudo se for numa casa de construção moderna, pois a pedra deve ser natural e ter textura, o que a pode tornar um pouco pesada. E também não deve formar padrões de geometria demasiado linear, pois fica apenas de mau gosto. Então que fazer?

Atualmente existe no mercado uma vasta panóplia de pedra para revestimento em placas que lhe podem proporcionar o aspeto rústico da imagem acima: – são finas para serem mais leves, de um lado são lisas para se poderem assentar mais facilmente e do outro têm todo o aspeto da pedra original, com boa textura e todos os minerais à vista.

Se revestir todas as paredes da casa de banho com pedra lhe parece excessivo opte por revestir apenas uma secção. Pode também incluir apenas alguns elementos em pedra, como emoldurar um espelho, fazer uma parede de destaque ou instalar uma pia de lavatório em pedra.

O tijolo à vista

Qualquer elemento ou material com um acabamento tosco e pouco uniforme é considerado um trabalho rústico e pode ser integrado neste conceito. É assim que o tijolo, muito relacionado com o estilo industrial, encontra lugar numa casa de banho rústica!

Deve ser tijolo de barro cozido e artesanal, com as suas variações naturais de cor, textura e formato, a formar a forrar uma ou mais paredes. E à semelhança da madeira e da pedra, se já fizer parte da construção antiga da casa ainda melhor, pois fica com todo o aspeto de trabalho genuíno.

Combine tijolo rústico com madeira e elementos antigos para conseguir um cenário fabuloso.

Madeira e pedra

Tendo em conta os materiais mais utilizados no estilo rústico as combinações são simples e funcionam bem! A junção da madeira com qualquer outro material rústico funciona sempre.
Fonte: Homify
Imagem: Jdias

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

A Jdias vai estar na Eurocucina!


Com mais de 30 anos de experiência, a JDias é hoje, uma marca líder no design e fabrico de mobiliário de cozinha, banho e roupeiros personalizados.



Sendo sinónimo de inovação e know-how, JDias é uma marca orientada para a personalização, baseada no estilo de vida de cada cliente.



Este ano e pela segunda vez a JDias representará Portugal, entre as mais de 120 marcas internacionais ligadas ao sector, que estarão expostas em 23.000 m2 na maior feira de mobiliário do mundo, Eurocucina / Isaloni.



A feira realizar-se-á entre os dias 17 e 22 de Abril de 2018, reunindo em Milão a elite mundial do sector.



Este será o vigésimo-segundo evento da Eurocucina, tendo a organização a expectativa de vir a receber mais de 300,000 visitantes, esperando desta forma superar o sucesso do certame registado em edições anteriores.



A JDias vai, mais uma vez, representar a inovação e qualidade portuguesa no que a mobiliário de cozinha diz respeito e poderá ser visitada no Pavilhão 13, Stand D 05, na área reservada à Eurocucina, contando com 104 m2 de exposição, onde apresentará as suas mais recentes propostas, sempre voltadas para a inovação e qualidade, alicerçada na dedicação e paixão que coloca em tudo que faz.



Com design e produção 100% Made In Portugal, a marca JDias continua a ser uma referência absoluta no mercado português, procurando com esta participação na Eurocucina consolidar a sua posição, já conquistada nos continentes Europeu, Africano e Americano.



Sinta-se convidado(a). Visite-nos.

Fonte: Jdias
Imagem: Jdias

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Show more love!


O Dia dos Namorados ou Dia de São Valentim, como é apelidado é uma data especial onde se comemora e celebra o amor entre casais, namorados e em alguns lugares até com amigos.

Em Portugal, como em muitos outros países, comemora-se no dia 14 de Fevereiro.  Este dia é conhecido por ser o dia mais romântico do ano, no qual os casais trocam mensagens, cartas, presentes, de forma a mostrar e a comemorar o sentimento que os une. É considerada uma data totalmente comercial, mas não deixa de ser um bom pretexto para se dedicar mais tempo e atenção com quem se gosta de verdade. Quem sabe, uma troca de presentes, um jantar mais romântico ou até uma escapadela para passar a noite num hotel digo da data.

A J. Dias deseja a todos os seus clientes, amigos e colaboradores um feliz dia dos namorados!


Fonte: Homify
Imagem: Jdias

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Feliz Carnaval!

Numa época tão divertida como o Carnaval, é impossível não nos relembrar da animação sempre presente na J.Dias.

Animação esta que anda sempre de mãos dadas com o profissionalismo e o elitismo.

Aproveitamos esta semana festiva para agradecer a todos os nosso clientes e colegas a confiança que nos depositam e relembramos que trabalhar convosco e para vocês põe-nos um sorriso na cara o ano todo.

Os nossos votos de um maravilhoso Carnaval.


J.Dias

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Tudo o que sempre quis saber sobre arquitetura – e não sabia a quem perguntar!


Está prestes a embarcar na aventura de uma vida que é a construção de uma casa? Quem sabe, a preparar a recuperação de um antigo edifício, herança de família? Ou mesmo a ultimar os preparativos para a compra da sua casa? Parabéns, isso significa que caiu em cheio no maravilhoso mundo da arquitetura!

Mas nós sabemos como a entrada num território desconhecido pode ser difícil… Tantos estilos diferentes, arte e técnica, jargões complicados, nomes e influências podem deixar qualquer um à beira de um ataque de nervos, sobretudo se nunca se interessou pelo assunto.

Aqui vai saber o que é, e como nasceu a arquitetura, conhecer os estilos principais, descobrir um pouco da obrigatória ligação desta arte à engenharia civil e à construção, conhecer o panorama nacional e muito mais! Acompanhe-nos!

1 – O que é a arquitetura?

Esta parece uma pergunta de resposta simples, afinal todos nós temos uma vaga ideia… Uns dizem que é desenhar casas, outros que é ’planear construções, há quem ache que é uma arte, como o desenho, a pintura ou a escultura. As opiniões variam, mas quem está certo? Nós respondemos: – todos!

Desde a construção dos primeiros abrigos, depois da saída das cavernas, que a arquitetura tem estado sempre presente em cada passo da humanidade, evoluindo e caminhando para que esses abrigos se lhe tornem cada vez mais adaptados. Nessa evolução a sua ação ampliou-se, passando a incluir tudo o que esses abrigos contêm e tudo o que os rodeia, seja a paisagem natural ou a urbana, ou até numa escala maior, o território.

A palavra arquitetura vem da junção de duas palavras gregas : – arkhé e téhkton, que significam principal e construção, respetivamente, e refere-se a todo o processo de conceção de projetar e construir toda a envolvente habitada pelo ser humano. E sendo assim é um conceito amplo, que envolve múltiplas disciplinas para se desenvolver.

Desenhar algo implica preparação em arte e desenho, mas fazê-lo para que esse desenho se transforme em algo estável e seguro requer muito mais. Um arquiteto precisa de muita preparação em matemática, física, e obviamente acompanhar todas as tecnologias construtivas para encontra as melhores soluções. E não podemos esquecer que a arquitetura serve o Homem desde a sua alvorada, e por isso precisa ciências como a sociologia, a filosofia, a política e até a história.

Demasiadas coisas? É para isso que o curso de arquitetura é uma licenciatura de cinco anos e que a profissão de arquiteto, para ser bem sucedida, está sujeita a permanentes atualizações.

1.1 – O estilo e as escolas

Quando pensamos em arquitetura pensamos quase imediatamente em estilo arquitetónico como sendo um conjunto de características construtivas e estéticas que agregam vários edifícios em grupos estanques que partilham essas características. Mas na realidade, esta ideia compartimentada e estanque não é totalmente correta… Se fosse assim as regras estariam sempre associadas a esse estilo em específico, o que seria muito redutor e impraticável, porque a mistura que leva à evolução não existiria. Por isso hoje em dia, sobretudo no meio profissional, o termo estilo caiu em desuso e passou a utilizar-se o termo escola ou momento histórico para designar esses conjuntos de tendências que marcam uma época ou estabelecem pontos de viragem. Ainda assim o temo estilo é usado entre os profissionais para designar a expressão individual de um arquiteto em particular, e claro, em termos leigos, para distinguir as diferentes correntes.

2 – Qual é a relação entre arquitetura, engenharia civil e construção?

Neste ponto a confusão instala-se! Um arquiteto ou um engenheiro civil? Para a construção da minha casa preciso de qual? E como interagem com os construtores? Estas parecem questões de resposta fácil, mas na realidade não é bem assim… Afinal é sabido que muitas vezes os engenheiros civis fazem plantas de casas, e que os arquitetos também acompanham obras.

Quais são então as semelhanças e as diferenças?

2.1- O arquiteto

Um arquiteto é um profissional licenciado com bases académicas em áreas tão distintas como a matemática, a sociologia ou a história, e competências vastas no desenho e planificação de edifícios. Ele vai ser responsável pelo desempenho da estrutura no seu todo, desde as fundações até ao telhado, e também pelo seu aspeto exterior, estando perfeitamente habilitados a fazer qualquer alteração necessária a essa estrutura. Este profissional O arquiteto pode também assumir as funções de arquiteto de interiores, encarregando-se de projetar o estilo e o layout dos interiores de uma casa, fazer projetos de iluminação, e estão muitas vezes envolvidos nas escolhas estéticas e funcionais para os espaços, bem como na sua distribuição espacial, mas o mais normal é haver nos gabinetes profissionais das duas áreas que trabalham em conjunto para lhe fornecer uma resposta mais completa, sobretudo quando se tratam de reformas extensas.

2.2 – O engenheiro civil

A formação académica do engenheiro civil é mais voltada para os aspetos práticos do que para o conceito estético, e a sua licenciatura inclui disciplinas como a matemática e a física. Isto capacita-o para efetuar com rigor os cálculos necessários para concretizar a visão do arquiteto com segurança, o acaba por ligar o engenheiro civil mais à parte da conceção da estrutura dos edifícios. Este profissional analisa as forças e cargas a que a estrutura estará sujeita, avalia a capacidade de suporte do solo do terreno, aponta o tipo de fundações necessárias e dimensiona a estrutura da obra, efetua os cálculos de dimensionamentos e quantidades de colunas de suporte, prevê a distribuição das cargas para cada ambiente e indica o tipo de materiais a serem utilizados na obra. Muitas vezes também é responsável pelo projeto de águas, esgotos e eletricidade. Certifica-se de que tudo é feito segundo o especificado nas normas técnicas através de um acompanhamento regular da obra.

2.3 – O construtor civil 

Os construtores são uma das equipas que integram a construção de um edifício, seja qual for a sua utilização. São os responsáveis por pôr na prática o planos que resultam dos desenhos feitos pelo arquiteto e dos cálculos efetuados pelo engenheiro civil. Normalmente as equipas de construção são coordenadas pelo empreiteiro, que acaba por ser o responsável por garantir que todas as equipas (construtores, canalizadores, eletricistas… ) cumprem com o especificado e pedido no projeto, sempre sob a supervisão do engenheiro civil.

3 – Arquitetura portuguesa – do Algarve a Trás os montes

A arquitetura em Portugal é o produto eclético de séculos de evolução, e por isso rica em formas e influências. No campo ou na cidade, mais refinada ou perfeitamente rústica, a arquitetura portuguesa típica sempre teve uma vertente muito prática, para fazer face às agruras do clima e proporcionar as melhores condições de vida aos seus habitantes, longe da existência de arquitetos, que se dedicavam a grandes obras como palácios ou catedrais.

Com simplicidade e uma grande ligação ao meio envolvente, essas casas típicas, construídas de materiais naturais das regiões onde se localizam, marcam a paisagem de norte a sul, caracterizando muito bem cada região. Claro que também temos as grandes obras de que falámos anteriormente, com estilo refinados e ostensivos, como o gótico e o manuelino, e um vasto património de arquitetura religiosa, mas hoje debruçamo-nos sobre a arquitetura habitacional, mas modesta mas igualmente fascinante.

3.1 – O Algarve – influências vindas de sul.
Começamos a sul, com as suas casinhas brancas caiadas e as suas chaminés tradicionais. Aliás a chaminé assume uma importância estética bastante proeminente em toda a arquitetura tradicional portuguesa, aumentando de imponência no Alentejo, e atingindo o seu expoente nas chaminés algarvias, trabalhadas e muito decorativas. As casas tradicionais algarvias são brancas, para refletir a intensa luz solar e manter a temperatura interior, e a sua cal é anualmente renovada como prova dedicação e vaidade. As faixas coloridas que emolduram as portas e janelas unem estas construções às Alentejanas, mas os materiais e as formas variam consoante a região onde se inserem, desde o xisto e a grés vermelha da Serra do Caldeirão, até ao granito da zona de Monchique.

Os telhados são de telha moura ou portuguesa, e no litoral as açoteias dominam, com o seu ponto mais alto no mirante, pensado para ver os barcos a chegarem da faina

A arquitetura algarvia tem fortes influências da arquitetura árabe, mourisca, ou não tivesse o Algarve sido o último reduto dos mouros em Portugal. Essa influência é visível nas referidas açoteias, nas platibandas decorativas a rematar a casa e nas próprias chaminés rendilhadas, mas também nos interiores, em azulejos, gelosias e decorações.

3.2 – O Alentejo – Muito frio, muito

A ausência de piso superior e as paredes caiadas com a sua tradicional faixa azul são típicas destas paragens, em que a arquitetura se funde com a planície e os materiais e as formas se adaptaram ao clima.

Tradicionalmente as casas rurais típicas alentejanas eram feitas em taipa ou adobe, aproveitando os materiais naturais que a terra escaldante proporcionava. A parede de terra tinha uma excelente massa térmica e mantinha a casa, fresca no verão e quente no inverno, resistindo às fortes amplitudes térmicas. Nas últimas décadas estes métodos de construção foram quase esquecidos, e substituídos pelo tijolo furado simples e pelo betão que são bons condutores de calor, o que fez perder a eficiência energética e fez disparar a necessidade de aquecimento adicional e os subsequentes gastos energéticos.

Atualmente há uma forte tendência de recuperar técnicas e estéticas, atualizando-as e trazendo-as para a modernidade, sobretudo no que se refere às superfícies envidraçadas que eram tradicionalmente pequenas e que têm vindo a ganhar cada vez mais relevância na fachada, num tradicional moderno, mas que se não for muito bem planeado pode pôr em causa a eficiência energética da construção.

3.3 – A casa portuguesa

A casa portuguesa foi a resposta de vários arquitetos e pensadores dos finais do século XIX à invasão de influências estrangeiras na arquitetura, que se traduzia em chalés alpinos ou casas góticas em plena cidade do Porto ou em Cascais. É no fundo um movimento cultural nacionalista, que veio criar uma estética de influências campestres e românticas que associavam à nossa identidade como nação rural. 

Bastante controverso e debatido, este tema influenciou, e ainda influencia hoje em dia, a produção arquitetónica no nosso país, gerando habitações pitorescas com telhados de telha vermelha e beirais mais ou menos proeminentes, portas adornadas, molduras em várias dimensões da fachada, portadas e alpendres.

3.4 – Interior centro e norte – a fiabilidade monolítica do granito

No norte a paisagem tinge-se de cinzento e castanho do granito que constitui o esqueleto infalível das casas. Mais do que noutras regiões do nosso país as casas são autênticas fortalezas, ninhos que recebem no seu calor e protegem o Homem dos agrestes elementos. O lado prático das construções gerou casas pequenas, de exíguos compartimentos, muitas vezes com dois andares em que a escada formava um coberto ou alpendre, e o rés-do-chão, a loja, servia de curral para os animais e armazém para alimentos e alfaias agrícolas. Quando não havia dois andares (características mais prevalente mais para Trás-os-Montes ou em casas mais ricas) as casas eram térreas e tinham um logradouro murado, chamado de pátio, com uma área coberta, e que tinha a mesma serventia da loja.

Atualmente estas casas cheias de história e de alma estão a ser recuperadas, preservando a sua estética, mas atualizando os interiores, tornando-se em habitações espetaculares.

4 – Arquitetura moderna – a preferida para construção em Portugal

4.1 – Como surgiu

O conceito de arquitetura moderna é um conjunto lato de características com origem em várias escolas, conceitos e profissionais, como a Bauhaus, na Alemanha, o conceito do famoso arquiteto Le Corbusier, em França, e o de Frank Lloyd Wright nos Estados Unidos.

Esta corrente assenta no corte radical com os padrões de ornamentação puramente estética do passado e teve duas vertentes reconhecidas: a “International Style”, europeia, e a “Arquitetura Orgânica”, americana. Embora diferentes no resultado, ambas tiveram como base a eliminação da ornamentação e da complicação para reverter numa arquitetura mais pura, geométrica e simples. Os edifícios abriram-se e tornaram-se mais económicos, mais úteis, mas também mais despojados e com algo de industrial, fruto da época que se vivia.

A casa moderna torna-se assim simples e despojada, quase austera, focada na funcionalidade, e definida pelas máximas “Menos é mais”, do arquiteto Mies Van der Rohe, e “A forma segue a função” de Louis Sullivan.

Atualmente as regras são um pouco menos rígidas, e há diversos tipos de arquitetura moderna, sendo até possível modernizar o interior de uma casa construída em qualquer outro estilo, porque a modernidade não se limita à fachada, ou à forma da construção, também os interiores têm a sua própria modernidade…

4.2 – Os princípios

Baseados nos princípios da arquitetura moderna segundo os seus fundadores, os modernos edifícios portugueses têm linhas simples, geométricas e depuradas, grandes aberturas envidraçadas, telhados planos e ambientes amplos interligados.

O mobiliário adquire a mesma pureza das linhas arquitetónicas e acompanha a máxima funcionalidade aliada a uma estética simples e funcional. A compartimentação da construção mais clássica desaparece, não só nas novas construções, mas também nas antigas casas renovadas. Os ambientes tornam-se mais fluidos e luminosos, promovendo uma vida familiar mais estreita. 

E é por isso que os portugueses gostam tanto da arquitetura moderna, sendo mesmo o estilo mais escolhido para as novas construções. O apelo da simplicidade conjuga-se com alma lusa, casa com a arquitetura simples e funcional tradicional do nosso país, acabando por criar habitações com linhas atuais mas com o mesmo espírito de ninho das casas antigas, pesem embora as diferenças estruturais e estéticas.

5 – Arquitetura alternativa – o futuro é hoje?

Já ouviu falar das casas contentor?

São uma das muitas arquiteturas alternativas que a atualidade nos trás… São casas espetaculares fabricadas com contentores de navios, forrados e adaptados para servirem de compartimentos para habitação. Mas há mais! Desde hotéis cápsula, pequenas unidades onde é possível passar uma noite confortável a um preço mais baixo no Japão, até edifício autossustentáveis, a arquitetura oferece as suas mil faces para servir cada vez melhor o ser humano nas suas necessidades em constante evolução.

E as casas pré-fabricadas modulares podem incluir-se neste categoria de arquitetura alternativa, apesar de já serem relativamente comuns e cada vez mais rigorosamente produzidas para oferecerem as condições mais fiáveis, pois apresentam-se ainda hoje em dia como uma alternativa à arquitetura der construção mais tradicional.

6 – E a arquitetura paisagística entra onde?

É outro tipo de arquitetura, mas não deixa de complementar a arquitetura de edifícios na criação do ambiente edificado perfeito.

A arquitetura paisagística planeia e intervém nos exteriores das construções, englobando tudo que interfere na paisagem que as envolve, projetando espaços que valorizam a relação entre as pessoas e a natureza. E se lhe parece que esta atividade é apenas uma subsidiaria da jardinagem, esqueça!

Estes profissionais necessitam de conhecimentos de jardinagem sim, mas também de biologia, arte, topografia e geologia, entre vários outros, sendo responsáveis por conseguir uma simbiose perfeita entre os elementos artificiais construídos e a paisagem natural, mas também pela paisagem urbana que envolve as áreas edificadas.
Fonte: Homify
Imagem: Jdias