sexta-feira, 26 de maio de 2017

Prepare o seu terraço e a sua varanda para o verão!


Há quem critique os portugueses, dizendo que aproveitam pouco o bom tempo que têm nos espaços exteriores lá de casa. Está na hora de inverter a situação!

Em vez de tirarem partido das suas varandas, os portugueses gostam de as fechar e de as converter em marquises que, na maioria dos casos, apenas servem para arrumação. Não admira, por isso, que muitos estrangeiros estranhem a situação, acusando os portugueses de desfrutar pouco desses espaços exteriores. Para quem vive num apartamento, quando surge o calor, as varandas e os terraços começam a pedir vida, cor e alegria para que possam tornar-se locais interessantes para disfrutar do seu tempo livre. A preparação do terraço ou varanda deve ser feita tendo em conta os seguintes aspetos:

- Criação de um esboço mental ou em papel da organização do espaço

- Escolha dos vasos e floreiras

- Escolha das espécies a plantar

- Como vai realizar a manutenção do espaço

Organização do espaço

Decida o que pretende ocupar do seu espaço para que possa tirar algumas medidas e começar a escolher os vasos e as floreiras. Tenha em atenção que vai precisar de se deslocar entre os mesmos para regar e cuidar. Não se esqueça que também pode aproveitar o espaço vertical de uma parede com boa exposição solar. Pode utilizar kits de jardins verticais, que são de fácil instalação. Têm a vantagem das plantas estarem separadas e com isto poderá regular melhor a rega de cada uma.

Vasos e floreiras

O material dos recipientes pode ser variado, desde a madeira ao plástico, passando pelo zinco, pelo barro e pela fibra de vidro, entre outros. A madeira, por exemplo, confere um estilo mais rústico ao local. Escolha conforme o estilo pretendido.  Em qualquer dos casos, coloque gravilha, seixo ou bolas de argila (leca) no fundo do recipiente para facilitar a drenagem. Se quiser pode também economizar, utilizando para o efeito restos de tijolo partido ou outro material semelhante. Os vasos deverão ter a profundidade suficiente para as espécies que vai plantar.

Tenha, todavia, atenção ao peso dos vasos para o caso de precisar de os mudar de local e também para não sobrecarregar a estrutura da varanda ou terraço. Pode optar por colocar rodas ou comprar vasos já com rodas, dentro da variedade que existe no mercado. Se o local é ventoso, os vasos deverão ser de estrutura mais pesada para não se deslocarem facilmente.

Escolha das espécies a plantar

Na altura de ir comprar as plantas, tenha em conta os seguintes critérios:

- Aspeto saudável e com vigor, sem sinais de manchas e pintas nas folhas e flores ou ervas daninhas no vaso

- As raízes não devem estar apertadas e a crescer para fora no fundo do vaso. Verifique, levantando a planta do vaso para observar o comportamento das raízes

- Se a planta apresentar as folhas amareladas, pode ser sinal de subnutrição

- Em algumas plantas, o aparecimento de muitos rebentos a partir da base, com a planta já formada, pode ser um sinal de que a planta passou por um período de seca e pode ter ficado debilitada

- Tenha também em conta o tamanho e a proporcionalidade. Preveja o tamanho que a planta escolhida para o vaso irá alcançar para que o efeito desejado se mantenha ao longo do tempo, principalmente quando combinar diferentes espécies juntas

Ideias e combinações possíveis que resultam:

- À sombra

Misture heuchera com asparagus e aspidistra. A cor rubra da heuchera contrasta muito bem com o verde do asparagus. A aspidistra fará um contraste na textura e na proporção, por ser mais alta, ficará localizada atrás.

- Ao sol

Coloque uma Cordyline australis no meio do vaso e rodeie-a de Osteospermum jucundum ou Lotus maculatus .

- Em sol/sombra parcial

Para uma combinação de cores mais exuberantes, proponho a mistura de petúnia com flores vermelhas e/ou com cores cereja com a Vinca minor, de folha pequena e comportamento pendente.

Manutenção

Para manter as suas plantas saudáveis irá precisar de as regar e fertilizar regularmente. Pode instalar um pequeno sistema de rega com gotejadores ou alagadores e pode também acoplar um programador que lhe permite regar às horas que quiser, o tempo que precisar. Útil para quando se ausentar de casa durante uns dias ou se o seu tempo disponível para as regas for pouco.

Uma forma mais simples será o tradicional uso do regador ou mangueira, mais exigente em termos de tempo. Procure não regar nas horas de calor onde a evaporação é maior e tenha cuidado para não regar em demasia. Escolha, de preferência, fertilizantes biológicos e métodos naturais de tratamento. A forma como agrupa as espécies no espaço existente pode minimizar as pragas e doenças, reduzindo a aplicação de químicos. Esperamos que se divirta a criar o seu espaço.


Fonte: Revista Jardins
Imagem: Jdias

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Pequenos gestos que vão tornar a sua casa (ainda) mais acolhedora!



Quer refrescar a casa para o verão? Comece por ler este artigo e conheça as tendências de decoração para este ano. Se gosta de cores vivas e de apontamentos florais e/ou geométricos, está com sorte! 

Com o anúncio da chegada da temporada quente, pelos dias mais longos e pela presença solar mais constante, sentimo-nos habitualmente mais inspirados por uma nova vida que estes dias, muito esperados, parecem trazer. Proponho fazer uma viagem ao interior da sua casa e, com pequenos apontamentos, refrescar o ambiente, fazendo florescer essa nova vida nela, homenageando a nova estação que não tardará em chegar.

Proponho abrir as portas às fascinantes tendências de interiores representadas por uma multiplicidade de estilos, desde rústico ao urbano eclético, procurando a criação de um ambiente com design intemporal, com equilíbrio estético que abrange elegância, proporção, funcionalidade e beleza. Em primeiro lugar, a eleição da cor na pintura de uma parede deve ter em conta a luz.

Quando um plano recebe pouca luz, é conveniente adotar por cores claras, de forma a refletir luminosidade ampliando o espaço. É um facto que a cor das paredes afeta o estado de espírito. Para esta estação, sugiro uma base cromática neutra que contraste com apontamentos de cores fortes, como o azul petróleo e tonalidades esverdeadas ou com tecidos florais vintage, onde as cores vivas e apontamentos de plantas naturais, como a gipsofila, são os protagonistas.

A união do tradicional ao contemporâneo poderá realizar-se a partir de uma fusão entre padrões florais e geométricos transportando a cor e natureza para o interior das nossas casas. Os ambientes mais contemporâneos permitem explorar padrões geométricos em apontamentos como carpetes ou revestimento de papel de parede. Por outro lado, em ambientes mais rústicos é possível optar por padrões florais e étnicos com especial incidência nos tons quentes.

Nesta estação devem invocar-se cores, geometrias, texturas, contrastes, bordados, florais em tonalidades intensas e vibrantes que conferem singularidade, originalidade e conforto à casa. É possível misturar épocas, estilos e materiais tendo sempre especial atenção ao equilíbrio e harmonia dos elementos, pois a beleza do espaço não se centra na abundância, mas na sua concordância, diálogo e harmonia.
 
 
Fonte: Modern Life
Imagem: Jdias


sexta-feira, 12 de maio de 2017

9 Coisas sobre casa que podemos aprender com os japoneses!


No Japão existem muitos hábitos e costumes que nos mostram porque de maneira generalizada, essa nação é tão organizada e harmoniosa em sociedade. Claro que não existe nenhum país perfeito, mas existem certas atitudes japonesas, comuns no dia a dia ou na alimentação que são grandes exemplos para outros países. Também em casa existem alguns hábitos curiosos com os quais podemos aprender. São eles:

1 – Genkan

Hábito bem conhecido no Ocidente de tirar os sapatos que usou na rua antes de entrar em casa dispensa muitas explicações: além de ser muito mais higiénico, ajuda muito na limpeza. As casas mais tradicionais do Japão possuem um móvel na entrada só para isto: o chamado genkan (玄関) é geralmente feito em desnível e é o local para tirar, colocar e guardar os sapatos. Chinelos (tanto para os moradores como para as visitas) também ficam aí. Os genkan são comuns em escritórios, templos e escolas também.

2 – Medidas de apartamento

Se for alugar um imóvel no Japão, muito provavelmente vai-se deparar com sílabas do tipo 4LDK ou 1LDK. A leitura é fácil: o primeiro número indica o número de quartos da casa e as letras são L de living room (sala de estar), D de dining room (sala de jantar) e K de Kitchen (cozinha). Às vezes, um quarto tem várias funções ao mesmo tempo (a sala de estar, a de jantar e a cozinha são integradas, por exemplo). Outra forma de medida de área é chamada de jou () que significa quantidade de peças de tatami. Ou seja, um quarto 4 tem uma área que pode ser ocupada por 4 tatamis. Cada tatami tem cerca de 1,653 m².

3 – Tatami e futon

Apesar de a geração nova já ter adotado o uso de camas, muitas japoneses ainda a dispensam. Nos quartos – que muitas vezes são forrados com tatami no chão – em vez de camas, são utilizados futons. De noite, é só estendê-los no chão e dormir. De dia, dobram e guardam no armário (ou deixam ao sol). Com esta sugestão ocupa o espaço somente quando está a dormir e pode utilizar essa área para outras atividades durante o dia.

4 – Portas de correr

Chamadas de shouji (障子), as portas tradicionais japonesas têm estrutura de madeira ou bambu e são forradas por papel translúcido. De dia se deixar a porta do quarto aberta, o espaço acaba por se tornar numa continuação da sala. Se alguém quiser dormir, é só fechar para ter privacidade. Como é de correr, economiza espaço. Quando elas são feitas de material mais opaco (e geralmente dão para áreas externas), recebem o nome de fusuma ().

5 – Poucos móveis

Grande parte das pessoas que moram em apartamentos pequenos no Japão possuem poucos móveis: hábito prático e eficaz para economizar espaço. Se não há cama no quarto, também não há cadeiras na mesa de jantar.

Fonte: Strazzera
Imagem: Jdias

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Varandas e terraços com um ambiente (mais) mediterrânico!


Combinar flores, arbustos e até pequenas árvores é possível mesmo em pequenos espaços. Mas o que escolher? Que espécies se adequam melhor? Conheça a resposta!

Para criar uma varanda ou terraço com um toque mediterrânico, é imprescendível a presença de certo tipo de plantas, pequenas árvores, topiadas ou não. Na hora de avançar, misture as cores, os aromas e os tamanhos.

Pequenas árvores que pode ter em vaso

As oliveiras, limoeiros, laranjeiras e figueiras são algumas opções de árvores que poderão funcionar bem em vaso nas varandas. São árvores resistentes e com pouca manutenção, que, pela sua textura, fruto e floração, dão muita graça aos nossos terraços.

Arbustos e herbáceas marcadamente mediterrânicos

O tom cinzento e o verde-escuro que predominam nas folhas, tão característicos dos jardins mediterrânicos, poderão ganhar mais destaque e mais harmonia se colocarmos sobre as floreiras pequenos arbustos ou herbáceas com flores de cor azul, roxa e amarela. As Rosmarinus officinalis Prostratus (alecrim-rasteiro), as Lavandulas sp. (alfazemas), Salvias sp., Santolina chamaecyparissus e os Pelargoniuns peltatum (sardinheiras) são algumas das espécies que contrastam através das suas texturas e tonalidades.

Variedades botânicas que, de certa forma, criam uma combinação de aromas muito agradável para quem está na varanda nos dias quentes de verão. Todas as espécies toleram bem a exposição solar. Para reforçar o estilo mediterrânico, podemos ainda optar por colocar vasos com murtas (Myrtus comunnis) ou buxos (Buxus sempervirens) topiados de forma cónica e/ou redonda, que poderão dar uma composição formal aos nossos espaços.

E, para terminar, se conseguirmos colocar trepadeiras nas paredes, poderíamos usar Bougainvillea como caixilho de toda a composição. São variadíssimas as composições que poderemos criar, pela formalidade das plantas, combinações das flores e das suas texturas, todas elas de pouca manutenção e resistentes.

Alguns dos principais cuidados a ter:

- Use preferencialmente vasos com tamanhos adequados para que a raiz consiga desenvolver. Os mais indicados são os recipientes florais com alturas entre os 0,70 e os 0,80 metros e um diâmetro mínimo de 0,60 metros.

- Privilegie vasos com uma boa drenagem para que o crescimento aconteça de forma saudável sem apodrecimento da raiz.

- As árvores frutíferas devem estar em zonas de boa incidência solar e com poucos ventos. Se apanharem apenas quatro a cinco horas de sol, será suficiente.

- As árvores cítricas, como é o caso das laranjeiras, dos limoeiros e das tangerineiras, são mais sensíveis às pragas, requerendo mais cuidados e controlo.

- Faça uma adubação das plantas a cada três meses e tire, de tempos a tempos, os galhos e folhas secas.
 


Fonte: Revista Jardins
Imagem. Jdias