Escolher os materiais para revestir
a cozinha é uma decisão importante. Para além do aspecto estético, é
essencial que os materiais sejam resistentes, práticos e, se possível, com uma
boa relação qualidade-preço. Quando se constrói ou remodela uma casa, deve-se
prever uma boa parte do orçamento para a cozinha, a divisão que sai mais cara
por tudo o que inclui: armários, revestimentos, electrodomésticos, instalação
eléctrica e hidráulica, entre outras coisas. Se puder, invista bem na cozinha
para que esta se conserve em bom estado e não tenha, a curto-prazo, que estar a
fazer alterações.
Há uma panóplia de materiais disponíveis
para revestir a cozinha, pelo que, não obstante o nosso artigo, deve sempre
aconselhar-se junto de um designer de cozinhas. Cada material tem as suas
vantagens e desvantagens que devem ser ponderadas aquando da escolha. Entre os
materiais mais populares estão o granito, o mármore, o azulejo cerâmico ou a
madeira. Mas há mais, tanto para os balcões como para as paredes.
Hoje, fizemos-lhe uma lista de oito. Veja
quais são!
1. Granito
Não podíamos iniciar o nosso artigo de outra forma. O
granito é, sem sombra de dúvida, um dos materiais mais populares para revestir
a cozinha, aparecendo, designadamente, nas bancadas. Entre os tipos de granito
existentes no mercado, destacaríamos o granito em laje, o granito em mosaico e
o granito modular. O granito em laje é fabricado e personalizado em fábrica,
sendo, posteriormente, instalado no espaço desejado. Por ser pesado, requer instalação
profissional. O granito em mosaico é mais barato, embora também de alta
qualidade. Porém, como a textura é menos uniforme, é mais difícil limpá-lo, o
que o compromete em termos de manutenção. O granito modular, como o próprio
nome sugere, é produzido em módulos. Desta forma, a bancada de cozinha é feita
a partir de peças pré-cortadas. O preço é intermédio.
Entre as principais vantagens está a estética apurada e a
transversalidade no que toca ao estilo. Além do mais, é resistente à água, ao
fogo e calor, a arranhões, a manchas e a todos os outros agentes de desgaste
normais numa cozinha. É, ainda, um material muito fácil de limpar. O preço é
relativo. Há pedras mais caras do que outras, mas como, hoje em dia, é
distribuído largamente, estamos certos de quem encontrará opções acessíveis.
E as desvantagens? Quais
são? Ora, por muito resistente que seja, o granito deve ser selado
periodicamente para não manchar. Na maior parte dos casos, não dispensa
instalação profissional. Deve, igualmente, ter cuidado com a limpeza. Evite
produtos químicos demasiado abrasivos. Por fim, mas não menos importante, como
se trata de um material pesado, pode ser necessária uma estrutura de suporte
adicional.
2. Mármore
O
mármore é uma pedra natural também muito requisitada para a cozinha. Pode ser
usada na bancada, nas paredes e até nas superfícies de uma ilha central.
Trata-se de um material que empresta luxo a qualquer espaço onde se insira,
ainda que tenhamos que reconhecer as suas limitações num ambiente de alto uso
como a cozinha. Afinal de contas, é poroso pelo que deve ser cuidadosa e
repetidamente selado quando usado para revestir as bancadas. Tal como o
granito, o mármore também pode ser adquirido em laje, em mosaico ou em peças
modulares. O mármore em laje é, no entanto, a melhor escolha.
O aspecto belo e único do mármore está entre uma das
principais vantagens. As veias que o percorrem não se repetem, pelo que cada
peça é única. Ao mesmo tempo, e como já mencionado, é um material poroso que
deve ser selado. No mais, risca com relativa facilidade e é, por norma, caro,
apesar de o preço variar (quanto mais branco for o mármore, mais custoso será).
Se, ainda assim, não abre mão de
incluir este material na cozinha, então, em vez de o usar nas bancadas, use nas
superfícies menos sujeitas a agressões como as paredes ou as laterais de uma
ilha ou península.
3. Madeira
A madeira jamais deixará de ser um material popular na
construção e decoração de uma casa. Encontramo-la no exterior, no interior, no
mobiliário e até nas peças de decoração. Na cozinha, como não podia deixar de
ser, é usada amiúde, sobretudo agora que o estilo nórdico é tendência. A
madeira oferece uma enorme sensação de conforto a qualquer que seja o espaço,
para além de se adequar a diferentes estilos, do rústico ao moderno.
É, acima de tudo, um material amigo do ambiente (pode usar
madeira reciclada e pode ser reciclada um dia mais tarde). Além disso, existem
tantos tipos de madeira que não é difícil encontrar um que se encaixe no seu
espaço, orçamento e gosto pessoal. À semelhança do mármore, a madeira também
tem as suas próprias características com veios e nós a atravessá-la, o que
significa que cada superfície é única.
Por outro lado, a madeira
deve ser sempre tratada com óleos que a protejam da água e de outros agentes
que a possam danificar. Se a água ficar demasiado tempo sobre o balcão, a
madeira absorve-a a escurece. Os óleos, para além do mais, também lhe dão um
aspecto brilhante e bonito já que a madeira pode perder cor, sobretudo se
estiver exposta ao sol. É, também, facilmente sujeita a riscos e arranhões. Use
sempre tábuas para cortar os seus alimentos.
4. Aço inoxidável
Sabe as cozinhas dos restaurantes onde o aço inoxidável é o
material protagonista? Ora, temos-lhe a dizer que este material já não é
apanágio destas cozinhas, podendo, hoje em dia, ser encontrado em muitas
cozinhas caseiras. É, por norma, pré-fabricado para que seja possível
determinar as medidas. Depois, é instalado por profissionais especializados.
E por que é que o aço inoxidável é o material de eleição
nestas cozinhas? Acima de tudo, porque é extremamente durável, resistente a
germes e muito sanitário. Tudo o que se quer numa cozinha, certo? É certo que o
aço inoxidável tem um aspecto frio, mas isto não significa que a sua cozinha se
torne desconfortável: tudo depende da forma como conjugar os materiais.
O preço é a principal
desvantagem. O aço inoxidável é uma opção cara para a bancada (até mesmo
proibitiva para muitas famílias). Requer mão de obra especializada que pode ser
difícil de encontrar. Porém, é uma excelente escolha para uma cozinha de topo.
5. Azulejo cerâmico
A
cerâmica é sempre bem-vinda numa cozinha. Não aparece tanto nas bancadas, mas
sim nas paredes, sobretudo na parede backsplash (a
que está entre os armários inferiores e superiores). As telhas cerâmicas aderem
a uma base de argamassa fina. Como os azulejos formam juntas, não são indicados
para as bancadas sob pena de a manutenção se tornar complicada.
O azulejo cerâmico é uma escolha acessível e de instalação
relativamente fácil. Existem peças de cerâmica de todas as formas, cores e
estilos, pelo que será fácil encontrar os azulejos ideais para sua cozinha.
Para além disso, há peças de cerâmica a imitar o acabamento de materiais como a
madeira ou a pedra.
No que às desvantagens concerne, sublinhamos a dificuldade
em limpar as juntas e a possibilidade de uma das peças se partir ou rachar sem
que seja possível reparar. O mais normal é ter mesmo que se substituir.
Os revestimentos de cerâmica mais em voga actualmente são o mosaico hidráulico e o azulejo tipo parede de metro. Saiba mais sobre eles
abaixo.
5.1. Mosaico hidráulico
Com as suas cores e padrões, o mosaico
hidráulico faz a diferença numa cozinha. Pode aplica-lo no chão ou na sua
parede backsplash para dar um
novo élan ao espaço. Os mais arrojados podem apostar em cores alegres e os mais
discretos optar por padrões bonitos pintados em tons sóbrios. Há-os para todos
os gostos. O mosaico hidráulico é fabricado em cimento pigmentado num molde
trabalhado com uma prensa hidráulica. Nos anos ’70, foram muito populares.
Agora regressaram e parecem estar para ficar!
5.2. Azulejo tipo parede de metro
Têm
este nome porque ficaram conhecidos por revestir as paredes do metro nova
iorquino no decorrer do século XX. São azulejos rectangulares que podem ser
aplicados na horizontal, na diagonal e na vertical. Os originais são brancos,
mas, hoje em dia há noutros tons, com relevo e em dimensões distintas.
6. Pedra-sabão
Não tão popular como o mármore ou o granito, a pedra-sabão é
usada como revestimento na cozinha há muitos anos. É, usualmente, encontrada em
tons de cinza ou branco e, em termos de dureza, está algures entre o granito e
o mármore, sendo menos porosa do que este último. Trata-se de um material bonito
que complementa, facilmente, outros materiais sem os ofuscar. Encontramo-la,
essencialmente, em tons de cinza e branco.
A pedra-sabão (também conhecida como pedra de talco ou
esteatito) proporciona aos espaços uma sensação de aconchego devido à grande quantidade
de talco existente na sua composição. Adequa-se especialmente a cozinhas
rústicas ou onde se pretenda criar uma atmosfera
à moda antigae é uma escolha que sobressai pela originalidade.
É, no entanto, uma pedra
cara - mais do que o granito – que deve ser selada periodicamente. Em termos de
cor, está limitada aos cinzas e brancos.
7. Cimento
Não
era a escolha mais usual até há pouco tempo. Hoje em dia, está na moda e
encaixa-se especialmente em espaços modernos, minimalistas ou de laivos
industriais – embora não seja apanágio destes estilos. É, normalmente,
fabricado e aplicado in loco por
um especialista. Depois, pode ser personalizado em termos de cor ou textura e
apresentar uma superfície brilhante ou mate.
Uma coisa é certa: o
cimento aparente numa cozinha será sempre um material de encher o olho. A isto
junta-se o facto de poder ser moldado de forma a adaptar-se a todos os
tamanhos. Por contra, é um material pesado que deve ser manuseado e instalado
por quem sabe. Tal como outros materiais de que já aqui lhe falámos, também
deve ser selado para não estar sujeito a infiltrações.