Grandes,
imensas, janelas… Luz que nunca mais acaba. Vista desafogada e contacto
privilegiado entre os interiores e os exteriores das habitações. De tudo isto
de faz a arquitectura moderna, pondo de lado tudo o que feche e enclausure…
Mas, e
quando a luz é demais e incomoda, a vista desafogada traz consigo olhares
curiosos e o contacto com o exterior deixa entrar uma brisa fria? A solução é,
hoje e sempre, uma cortina!
Embora
possa parecer que as cortinas estão fora de moda e são acessórios raros nos
nossos dias, isso está muito longe da verdade. Estas decorações funcionais
continuam na ordem do dia hoje, tal como estavam há cinquenta anos atrás. Com
as devidas evoluções estéticas, mas estão cá.
Elas
vestem uma casa, podendo fazer toda a diferença no estilo, ao mesmo tempo que
protegem, e existem modelos para qualquer espaço da casa, só precisa de
procurar.
Hoje falamos de cortinas, dos tipos e
das utilizações. Não perca!
Tipos de cortinas
As cortinas diferem
entre si em alguns aspectos fundamentais que acabam por definir a sua
utilização e a sua estética. Vamos ver que tipos de cortinas existem:
Quanto ao funcionamento
·
cortina de varão – as cortinas de
varão são as mais conhecidas e as mais fáceis de instalar. Estas cortinas podem
pendurar-se por ilhoses ou por tiras de tecido e o varão vai fazer parte
integrante da imagem da cortina, e logicamente do espaço. Actualmente estão na
moda varões discretos, sem ponteiras ou com ponteiras pequenas, que não se
imponham na imagem.
·
c cortina de carril ou de calha –
esta cortina proporciona uma imaginem extremamente elegante, mas só pode ser
instalada se existir um cortineiro ou uma sanca para disfarçar o carril.
·
cortina de enrolar – as cortinas
de enrolar, como o seu nome indica, recolhem enrolando sobre um eixo, que pode
ser visível ou estar oculto num cortineiro.
·
cortina em painel – as cortinas em
painel normalmente são rígidas ou esticadas por um peso na parte interior e
abrem e fecham lateralmente, deslizando numa calha.
Quanto ao material
·
cortinas de voile – este é um
tecido leve e fresco, muito decorativo, que deixa passar muita luz e não
proporciona qualquer protecção contra correntes de ar.
·
cortinas de algodão, linho, sarja,
etc. – são cortinas mais pesadas, que proporcionam mais protecção e também
podem ser muito decorativas, em função do espaço.
·
cortinas blackout – são pesadas e
têm uma camada espessa que impede a passagem da luz. São muitas vezes
combinadas com cortinas de voile para obter o melhor dos dois tipos.
·
cortinas de materiais alternativos
– fitas, materiais plásticos, palhinha entrançada… Há todo um mundo de cortinas
excepcionais, e não será difícil encontrar a certa para si.
O cortineiro
Há
basicamente três tipos de cortineiros: sobreposto, embutido ou com iluminação.
A escolha do tipo de cortineiros depende do seu gosto e dos planos de design de
interiores que o seu profissional possa ter para si. Os cortineiros são
estruturas aplicadas no tecto, ou construídas com ele, para esconder o
mecanismo de abertura dos cortinados.
O
cortineiro sobreposto é aplicado sobre o tecto. Ele pode ser de pladur, madeira
ou outro material revestido de tecido.
O
cortineiro embutido é um espaço deixado no tecto falso para inserir a parte
superior da cortina, escondendo os carris ou os varões. O cortineiro com
iluminação é basicamente um cortineiro embutido com um espaço maior para
incluir iluminação.
Este não e
um sistema obrigatório, mas proporciona-lhe um visual ultramoderno e mais
minimalista.
Cortinas para sala
As
cortinas para sala são normalmente mais leves e transparentes do que nos
restantes espaços, sendo muito utilizadas as cortinas de voile. O motivo é
simples: – a sala é um espaço social, menos privado, onde o objectivo das
cortinas é especialmente estético. Aqui as cortinas destinam-se a proporcionar
um pouco de protecção contra a luz solar excessiva e alguma privacidade, mas
não precisam de ocultar totalmente os interiores.
As cortinas
lisas, de cores neutras, são um clássico nas salas, permitindo uma maior
personalização com outros acessórios decorativos, como almofadas, mantas ou
peças de arte. Actualmente estão muito na moda cortinas com grandes estampados,
funcionando como parte integrante do processo de personalização dos espaços.
Se tem
dificuldades em definir um estilo, gosta de mudanças rápidas ou de decorações
discretas deve apostar em cortinas leves e neutras, eventualmente com um ou
outro padrão suave. Por outro lado, se gosta de causar impacto leve muito a
sério os padrões grandes e coloridos, com prints vegetais para espaço mais
alegres e contemporâneos. Para um estilo menos intenso pode combinar os padrões
fortes com cortinas brancas ou beges.
Nas salas
de estar ficam especialmente bem cortineiros com sancas, mas se preferir o
bom velho varão pode seguir uma via diferenciadora, que se destaque sobre a
parede.
Cortinas para quarto
Os quartos são as
áreas privadas por excelência. Nestes espaços as cortinas são só devem proteger
eficazmente a intimidade dos habitantes e atenuar a luz do sol, com, em última
análise, devem bloqueá-la totalmente para proteger o sono dos moradores.
Nos quartos, como na sala, as melhores escolhas de cortinas
modernas incidem sobre cortinas em tons suaves para proporcionar o necessário
relaxamento que conduz ao sono. Se gosta de dormir para além do nascer do sol
(quem não?) pode e deve tentar bloquear ao máximo a entrada de luz. Para esta
finalidade pode usar um tecido mais espesso e opaco, de algodão, se não for
muito sensível à luz. Mas se for, não pode deixar de colocar cortinas blackout!
As cortinas blackout são pesadas e espessas, e têm um tratamento
especial que impede a passagem da luz. São bastante pesadas e deixam o quarto
escuro de verdade, pelo que a sua escolha deve recair sobre cortinas de cores
neutras e claras. Para ter o efeito cortina blackout quando necessário e depois
poder deixar a luz entrar sem comprometer a privacidade pode combinar estas
cortinas com outras mais leves, em voile. Para esta combinação ser mais eficaz
deve ser montada em carris ou calhas escondidas.
Cortinas para cozinha
Na cozinha
vai-se tornado menos usual ver cortinas, mas elas dão muito mais funcionalidade
do que se pensa. Nas horas mais quentes do dia, cozinhar com a luz solar a
incidir directamente na bancada de trabalho pode ser realmente incómodo!
Mas neste
espaço há que ter algum cuidado extra, em especial com o tipo de abertura e com
o material.
No que
respeita à abertura e montagem, o varão continua a ser útil, mas tendo em conta
as difíceis condições de humidade e gordura das cozinhas, devem evitar-se
carris e calhas que rapidamente se degradam. Nas cortinas de cozinha o melhor
sistema é o de enrolar, que permite um bom controlo de fecho com um modo de
funcionamento muito simples e bastante resistente.
Quanto aos
materiais, são de evitar os materiais porosos que não se possam limpar com
facilidade. Algodões absorventes, linhos… São materiais bonitos mas que
depressa vão ficar indelevelmente manchados pelos vapores da cozinha. Aqui o
melhor é uma fibra artificial resistente, de preferência com um tratamento
anti-nódoas, para permitir limpar com a simples passagem de um pano.
Independentemente
do tecido escolhido e do local onde este estiver localizado, as cortinas vão
sempre acumular pó, o que as torna pouco recomendáveis para casas com pessoas
alérgicas. Nestes casos a melhor solução é investir em persianas metálicas ou
plásticas, que possam ser limpas com um pano húmido e aspiradas com muita
regularidade. Se não quiser abrir mão da beleza única das cortinas a melhor
solução é escolher tecidos sintéticos muito resistentes a lavagens frequentes.
Por outro
lado é importante referir que actualmente as tendências ditam que as cortinas
mais elegantes chegam do tecto ao chão, mas esta moda é pouco prática nas
cozinhas por motivos óbvios, o que abre caminho às cortinas de rolo.
Se tem
dúvidas na escolha das cortinas para a sua casa o nosso conselho é que peça
ajuda a um decorador pois uma escolha mal feita pode ser desastrosa
para o seu estilo!