O termo ’shabby chic refere-se a
um conceito criado pela designer inglesa Rachel Ashwell no início da década de
80 do século passado, e chegou até aos nossos dias por aculturação com o modo
de vida inglês, pois na verdade não temos nenhuma palavra portuguesa para o
substituir. Numa tradução literal podemos dizer que significa chique gasto’, o
que ajuda a perceber o objetivo do conceito em si, que tem como premissa a
integração visual de peças antigas num estilo eminentemente moderno.
Mas em que se traduz este
conceito? Como podemos consegui-lo em nossa casa? Onde encontrar as peças
certas para uma boa conjugação? Precisa de ideias? Encontre as respostas neste
artigo!
As bases
As bases para a criação deste
estilo surgiram mais cedo, nos anos 70, acompanhando a tendência de mudança que
se adivinhava um pouco por todo o mundo. Pediam-se estéticas mais suaves e mais
luminosas, mais humildes, mas sem esquecer o passado. Na Inglaterra a resposta
foram decorações mais leves, inovadoras, mas que mantinham a essência das
antigas decorações inglesas, imponentes e refinadas, misturando elementos
modernos e antigos em combinações improváveis que funcionavam muito bem, e foi
a esse estilo que se chamou shabby chic.
A designer Rachel Ashwell usou
esse termo para descrever o seu estilo de decoração quando se mudou para a
América no início dos anos 80. Ali o conceito tornou-se tão popular que ela
usou o termo como nome comercial e registou-o em 1989.
Foi na América que o conceito se
disseminou, com profissionais reputados, de Los Angeles e São Francisco a
inspirarem-se nos estilos mediterrâneos, da França ou da Itália, influenciados
pela magnificência do estilo francês, pelas antiguidades em estilo Luís XIV.
Mas rapidamente chegou à Europa, contrariando a tendência purificadora das
linhas modernas, unindo o que séculos de estilo separavam.
Actualmente, com o recente
interesse renovado nos elementos vintage, o shabby chic tornou-se um estilo muito
procurado mais relevante do que nunca, e os seus componentes podem ser
facilmente comprados ou criados em casa, mesmo sem experiência DYI.
Em Portugal este estilo evoluiu
com os nossos próprios elementos e estilos de antigo e moderno, preservando memórias
de um país de outrora na voragem do quotidiano moderno.
As cores
Há um erro que se comete muito ao
pensar num ambiente shabby chic: – pensar que a base tem de ser um banho de
branco.
Esta cor é realmente muito
utilizada para criar este tipo de ambientes pois dá mais luminosidade e leveza
a peças que de outra maneira seriam muito pesadas para uma decoração moderna,
mas isso não é um dogma!
O branco pérola, o azul claro, o
bege, o rosa velho e o verde água são as boas soluções cromáticas para servir
de base a uma decoração neste estilo. E depois pode ousar com detalhes de
mobília mais escuros ou com tons mais arrojados em almofadas, estofos e
cortinas, por exemplo.
O mais importante da cor,
sobretudo em antigos móveis de madeira escura e com muitos pormenores, é tenha
um ar gasto, com um acabamento um pouco rústico. Por outro lado, se pretende
utilizar a peça exatamente como está, para servir como peça de destaque numa
decoração.
Os acessórios
Nos acessórios é importante haver
parcimónia. Se por um lado quer ter um toque de antiquado, concedido por móveis
ou acessórios de decoração antigos, não quer que o seu espaço ganhe um ar demasiado
datado ou muito pesado. E embora a pintura com cores diferentes da original
cumpra bem esse papel, é importante escolher bem os acessórios decorativos,
para saber se vão acrescentar estilo ao seu ambiente, ou se pelo contrário
apenas o vão sobrecarregar.
No estilo shabby chic os móveis
devem ter uma aparência antiga e linhas curvilíneas, trabalhadas. Os acessórios
devem ser delicados, com um sabor antigo, como espelhos, rendas e tecidos
fluidos, padrões românticos e florais, e muitas flores naturais. Nas janelas há
cortinas com padrões, no chão de madeira tem de haver tapetes e alcatifas
clássicos.
Fonte: Homify
Imagem: JDias
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