Mobilar e decorar a casa é divertido, mas
as escolhas devem ser feitas com ponderação para que se criem ambientes
bonitos, confortáveis e funcionais. Há muitos factores que condicionam este
processo. Cada casa é uma casa, as pessoas têm estilos e gostos distintos, o
orçamento pode ser uma condicionante (ou até levar-nos a ser mais criativos), e
assim por diante. Ainda assim, há algumas regras simples que deve ter em conta
para que o resultado cumpra.
Hoje, partilhamos consigo aqueles que para
nós são os pontos essenciais para não errar na escolha do mobiliário e
decoração. Para além destas sugestões, não se esqueça de ir beber inspiração
aos projectos registados na homify onde
encontrará muitas ideias sedutoras para aplicar em sua casa.
Ora tome nota.
1. Planear é
fundamental
Planear, planear, planear. Insistimos muitas vezes nesta
questão e não é por acaso. Comprar por impulso pode correr bem, mas, o mais
provável, é dar para o torto. Se está a preparar-se para decorar a sua casa,
então comece por definir o seu orçamento. Afinal de contas, é dentro dele que
se pode movimentar. Depois, recolha inspiração de várias fontes e defina um
estilo. A partir daí, tudo se torna mais fácil. Se optar por uma decoração
moderna, descarta logo uma série de opções, o que facilitará as suas escolhas.
Para cada divisão, faça um esquema para não comprar a mais ou a menos. Pode,
até, fazer um desenho – não precisa de ser um Picasso! – para determinar para
onde vai cada móvel e peça de decoração. Lembre-se que não tem que comprar tudo
de uma vez. Aliás, até é preferível ir comprando aos poucos para ver como as
coisas estão a ficar e se tem que fazer alterações no seu plano inicial.
2. Tirar medidas para as proporções acertarem
As proporções são tudo num projecto de
decoração. Tire medidas aos espaços antes de comprar os móveis e os
objectos de decoração mais pequenos como candeeiros, jarras, quadros, entre
outros. Vai comprar um sofá? Então, meça o espaço onde o vai encaixar. Precisa
de uma carpete para essa zona? A carpete deve ser proporcional ao sofá. Não
convém a largura ser à justa. Deixe que sobrem alguns centímetros de ambos os
lados e, no caso de ter um móvel de televisão em frente ao sofá, assegure-se de
que a carpete não fica muito longe dele porque o intervalo entre o fim da
carpete e o móvel da televisão ficará estranho. No quarto, por exemplo, as
mesas de cabeceira não devem ser muito altas ou baixas em relação à cama. Meça
a altura da cama e compre mesas cuja altura não destoe. Aplique esta lógica a
todas as áreas da casa.
3. Definir as cores
De certa forma, a definição das cores está incluída no
planeamento e também ajudará a afunilar as suas opções. Há quem prefira paredes
coloridas e móveis e peças de decoração neutros. Outros há que preferem apostar
numa base neutra e introduzir a cor através dos objectos. Seja como for,
sugerimos que não se disperse muito. Escolha, por exemplo, três cores para cada
divisão: uma cor principal e duas secundárias. Não se esqueça de criar
contrastes para evitar que os espaços se tornem unidimensionais. Vale realçar
que há cores que nos parecem bem na loja ou on-line, mas que
não funcionam na nossa casa por algum motivo (iluminação, dimensão do espaço, etc.).
4. Pensar muito bem na questão da luz
Os pontos de luz são parte muito – muito! – importante
da decoração. A luz torna os ambientes funcionais, acolhedores e apelativos do
ponto de vista estético. Quando iluminar os espaços, lembre-se que há três
categorias de iluminação – iluminação ambiente, iluminação de tarefa e
iluminação de realce -, pelo que deve comprar candeeiros que dêem resposta a
cada uma destas necessidades para todos os espaços.
Numa sala de estar, por exemplo, para além de um candeeiro de
tecto, não se esqueça de colocar candeeiros ao lado dos sofás e, eventualmente,
um candeeiro de pé a ocupar uma qualquer esquina ou candeeiros de parede
(apliques) que ponham em evidência quadros ou até a cor das paredes.
5. Comece com as peças maiores
Há peças base em cada casa: o sofá, as camas e a mesa da
sala de jantar estão entre elas. Comece pelas maiores e vá completando a
decoração até chegar às mais pequenas. Na sala de estar, por exemplo, deve
começar pelo sofá. Depois, pode passar para o móvel de televisão. De seguida,
para a carpete e pontos de luz e, por fim, foque-se nos detalhes. Ao dispor os
móveis nos espaços, certifique-se de que eles não estorvam a fácil circulação
dentro dos mesmos. Além do mais, os móveis não devem surgir como obstáculo à
abertura de portas, de janelas ou de gavetas. O ambiente deve ser fluido e
arejado. “Menos é mais.” – assim dizia Mies van der Rohe e nós concordamos.
6. Não se esqueça dos detalhes
Não pensar nos detalhes é um erro. Eles são uma extensão da
nossa personalidade. Depois de adquiridas as peças volumosas e essenciais de
que lhe falávamos acima, debruce-se sobre eles. Molduras com fotografias de
momentos especiais, almofadas e mantas para oferecer conforto, jarras com
flores frescas, objectos de colecção, recordações de viagens, velas… são
elementos como estes que preenchem e dão alma aos espaços. São eles que
transformam uma casa num lar.
7. Não compre as peças em conjunto
Mesa de centro do mesmo conjunto das mesas
de apoio ao sofá? Camas e mesas de cabeceira da mesma linha? Poltronas e sofás
que pertencem à mesma gama? Isso já não se usa. Evite os “conjuntinhos”. Se
está a mobilar e a decorar a casa pela primeira vez, é natural que se sinta um
pouco desorientado e vá pelo caminho mais fácil de comprar tudo a condizer para
“não ter que pensar muito”, mas os espaços saem valorizados se se misturarem
materiais e texturas. Complemente o seu sofá com poltronas que contrastem, a mesa
de centro não tem que ser gémea da mesa de apoio, uma almofada com um estampado
floral pode ficar super bem com uma às riscas. Seja criativo e torne os espaços
interessantes! Gostou destes espaços?
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